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IPPAR promove Jerónimos

O Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) lançou recentemente o livro "História e restauro do retábulo-mor do Mosteiro dos Jerónimos", da autoria de Carmen de Almada, Luís Figueira e Vítor Serrão que surge na sequência do trabalho de restauro das pinturas do retábulo da capela-mor daquele monumento.

Em 7 de Dezembro de 1999 era assinalada a reabertura ao público da capela-mor do Mosteiro dos Jerónimos, após quase dois anos de encerramento para restauro das pinturas do retábulo, para limpeza da pedra e para a remodelação do sistema de iluminação. Técnica e cientificamente coordenada pelo IPPAR, esta intervenção teve o apoio da Fundação Banco Comercial Português, e ocupou durante quase dois anos uma equipa multidisciplinar constituída por especialistas de reconhecido mérito.

O restauro da pintura das tábuas maneiristas do retábulo e a limpeza da pedra do santuário devolvem todo o conjunto artístico ao visitante, que poderá apreciar e redescobrir à luz do restauro efectuado a obra de Lourenço de Salzedo, pintor de origem espanhola da câmara da rainha D. Catarina, e autor do retábulo-mor da Igreja dos Jerónimos.

Constituindo um típico e interessante exemplo de pintura maneirista, o retábulo remonta a 1572-1575, após a conclusão da obra arquitectónica da Capela-mor dos Jerónimos, dirigida pelo mestre arquitecto Jerónimo de Ruão. Antes de atingir a sua forma actual, a Capela-mor atravessou várias fases de construção ao longo dos reinados de D. Manuel I, de D. João III e de D. Catarina de Áustria. Vários anos após a sua abdicação como regente (1563), D. Catarina assumiu a responsabilidade da conclusão da obra, custeando-a com os seus fundos pessoais.

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