Inquéritos

Guimarães Jazz 2000

Novembro, 14 - Prossegue o Guimarães Jazz 2000. Dia 15 de Novembro será a vez de "Com Açúcar, Com Afecto" com Cyro Baptista "Beat The Donkey" e Pedro Moreira Sexteto. Dia 16, Vandermark 5 - "Burn The Incline". A 17, um primeiro concerto intitulado "Colla Parte", com Ernst Reijseger, e um segundo , o Giorgio Occhipinti Hereo Tentetto tocará Global Music and Circular Thought". Finalmente, a 18 de Novembro, no Sábado, "Free To Dream", um concerto com a orquestra David Binney Ensemble .

Depois da infância e da adolescência, o Guimarães Jazz vive em pleno a maturidade adquirida. Trilhando caminhos por desbravar, continua com o mesmo espírito de missão: proporcionar ao seu público - atento e exigente- momentos únicos de prazer e satisfação, marcados pela diferença. Foi assim nos primórdios, já lá vão nove anos, continuará a ser no futuro.

Este certame, que tem aparecido de um modo sequencial, fecha um ciclo de festivais de Jazz no nosso país, propondo músicos exteriores ao circuito dos grandes encontros internacionais. Conscientes do célebre ditado "errare humanus est", os mentores do Guimarães Jazz, não se deixaram amedrontar pelas criticas que "choveram" na cidade berço, sempre que ousavam questionar os roteiros previamente estabelecidos, apostando em projectos que ladeavam os tradicionais circuitos jazzísticos.

A forma de actuação organizativa do festival continua a mesma: descobrir novos valores e encontrar nomes que sejam capazes de marcar a diferença. As grandes apostas prosseguem, inabaláveis, com mais uma edição. Deseja-se captar novos públicos, fora do contexto dos habituais frequentadores do Jazz. Abranger o mais possível todas as origens desta música, explorando outras concepções atípicas, através dos músicos e dos instrumentos, é outro dos desígnios do Guimarães Jazz, que cria, ano após ano, a sua própria "geografia musical".

Contabilizando nove edições, o festival da cidade berço apostou ao longo dos anos, desde 1992 até às portas do novo milénio, nas edições temáticas e nas renovadas sonoridades da improvisação. À semelhança do ano anterior, o Guimarães Jazz prossegue com uma estratégia de criar parcerias, que vão permitir a viabilização dos projectos com outras entidades culturais, como a Culturgest e ainda, a concretização de encomendas próprias, pensadas e realizadas em exclusivo para o efeito.

"Pretende-se, sempre que possível, planear trabalhos originais e estimulantes, que reunam no mesmo espaço músicos de várias nacionalidades", refere a organização. Diz quem sabe que no Jazz é sempre enorme o risco de antecipar em palco o que se conhece do disco. A organização do Guimarães Jazz revê-se num programa que "exprima uma vontade de ir para além dos padrões estabelecidos, assumindo necessariamente uma postura de risco, que renove em permanência os pontos de interesse da sua programação".

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