"Dinossauro", de Ralph Zondag, Eric Leighton
É na técnica que reside o melhor
de "Dinossauro", o filme de animação assinado por Ralph Zondag e por Eric
Leighton que constitui a aposta da Disney para o Natal de 2000. Na verdade,
mais do que o argumento, com muito pouco de original, o mais impressionante
deste filme é o resultado da sobreposição de imagens criadas em computador,
os dinossauros, com paisagens reais filmadas na Austrália e na Venezuela.
Como se um documentário se tratasse, os dinossauros ganham vida própria mexendo os músculos e a pele rugosa com um "realismo" impressionante. Já se falava neste projecto antes de Spielberg ter realizado "O Parque Jurássico. E, se os anos que entretanto decorreram serviram para desenvolver toda a avançada tecnologia informática envolvida na sua produção, a espera valeu bem a pena.
Quanto ao argumento, temos a história de Aladar, um simpático dinossauro de três toneladas criado por uma comunidade de macacos onde apreende valores morais de uma sociedade que não é a sua. Na sequência da queda de um meteorito, acabará deixar a ilha onde até então vivia e cruza-se com um grupo de dinossauros onde a sua integração não será fácil. Com escassez de comida e de água, Aladar vai ter de lutar pela sobrevivência, fugindo aos perigosos dinossauros carnívoros e discutindo a liderança do seu próprio grupo.
A versão portuguesa conta com as vozes de Diogo Infante, Catarina Furtado, Ivo Canelas e Maria do Céu Guerra.