Inquéritos

Dança e música de Cabo Verde

Dezembro, 4 - "Raiz di Polon", um dos muitos grupos de dança cabo-verdianos espalhados pelas várias ilhas do arquipélago, traz a Portugal "CV Matriz 25", um espectáculo para ver dias 7 e 8 de Dezembro, em Lisboa, no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém.

""CV Matriz 25" é a saga de um povo, a história do crioulo que gosta da sua terra sabi mas que a seca obriga a deixar de ser agricultor, a emigrar e a ser, então, pedreiro", diz o responsável pela concepção e cenografia do espectáculo, Mano Preto. Esta é também uma "homenagem a alguns instrumentos de trabalho - o trapiche, o pilon, o garrafão - que tanto alegria e tristeza têm proporcionado ao cabo-verdiano".

Segundo Mano Preto, "o espectáculo não recorre apenas a histórias do povo cabo-verdiano, mas também às suas músicas lindíssimas". Sob direcção musical de Orlando Pantera, os bailarinos - também excelentes músicos - tocam instrumentos tradicionais como o pilon, o pau de colêxa, o tambor, o ferrinho, os búzios, o shelafon, e claro, o inevitável duo de guitarra e violão, mas fazem também música com o chão, a água e o próprio corpo.

Fundada em 1991, a companhia "Raiz di Polon" entrou pouco tempo depois em contacto com a dança contemporânea europeia, através do espectáculo "Dançar Cabo Verde", de Clara Andermatt e Paulo Ribeiro, e ficaram fascinados. A partir daí, os membros da companhia embarcaram para um caminho difícil, mas extremamente cativante na procura de novos rumos para a dança cabo-verdiana.

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